segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Liberdade? Ah, nunca ouvi falar!




Vivemos hoje em um contexto em que notamos uma situação de ausência de liberdade, nas suas diversas formas. Essa ausência não é perceptível para todos, aliás não é visível, como era o cerceamento da liberdade em outras épocas. Há um processo de padronização dos pensamentos e comportamentos da massa populacional no sentido de as elites detentoras do poder criarem um sistema de alienação. Visando a expandir seu poder, eliminando qualquer possibilidade de contestação.


Acostumados que estamos com o ideal do “ter para ser”, adaptamo-nos ao sistema capitalista neoliberal e fechamos os olhos para injustiças sociais (como desigualdade, fome, descaso). Uma vez que acreditamos ser impotentes demais para buscar mudanças. Como agravante, temos o fato de que nosso modo de vida maquinizante faz com que sejamos presos em nossas rotinas de trabalhar, pagar contas e consumir, o que nos amarra ainda mais ao comodismo em relação à transformação social.





O que seria necessário é uma sociedade pensante. O inconformismo deveria ser um agente transformador, mas isto só seria real se todos pudesse criticar o sistema de modo igualitário, se houvesse real democracia, se todos tivessem seus direitos garantidos, se houvesse equidade social. Somos hedonistas pois desejamos apenas atingir nossos ideais particularistas. Motivados pelo dinheiro, tornamo-nos belicistas, violentos, pois somos individualistas, pragmáticos, competitivos. Aceitamos um sistema totalitário que padroniza nossos comportamentos e pensamentos; Acreditamos ainda não ser escravos desse sistema.

Tal comportamento é determinado pelos “donos do poder”, que buscam na alienação humana permutar seu puder, além de controlar nossos passos para prosseguir enriquecendo e fortalecendo esse poder. Contraditoriamente, acabamos trabalhando param quem nos rotina a liberdade, pensando que essas imposições servem ao progresso humano e à “qualidade de vida”.


Nossas utopias tornam-se consumir bens tecnológicos, buscar conforto material e tudo o que sustente nossa individualidade (como dinheiro para gastar sem nos importar com o próximo).





A maquinação do ser humano, dada por um contexto de capitalismo neoliberal, com promoção de injustiças sociais que impedem a liberdade do homem no sentido transformador, posto estar ele alienado, desvia-nos do ideal de cidadão que todos temos compromisso de ser.
 
 
Portanto, dentro de um contexto de ausência de liberdade, nossos pensamentos e comportamentos tendem a ser padronizados, o que causa alienação. Vivendo em uma sociedade que acredita ser impotente para buscar mudanças, acabamos escravos desse sistema. Trabalhamos para quem nos tira a liberdade no sentido transformador. Nossa falta de atitude faz com que nos tornemos escravos deste sistema e nos leva bem longe da real democracia.

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